"Só as mães são felizes"
O post de hoje está bem saudosista e vocês já vão entender por que. Assisti ontem ao programa Cazuza – Por Toda a Minha Vida e confesso que ainda estou muito emocionado. Já tinha assistido e gostado do filme da Sandra Werneck e Walter Carvalho e tive novamente a mesma reação. Discordo que o programa veio para tapar alguns “buracos” deixados pela cinebiografia. São enfoques diferentes. Por mais que o roteiro do filme seja baseado em fatos reais, sem a ficção não teria muita graça, porque é ela quem vai “costurando” tudo, como se diz no jargão dos roteiristas. E todos desse gênero são feitos da mesma maneira, não adianta fazer beicinho. O programa da TV pode ter soado mais “quente”, porque é um docudrama, entremeado por depoimentos de pessoas que conviveram com o cantor, por isso se tem a ilusão de ser mais crível, mas ambas as interpretações e reconstrução de época são impecáveis, bastante convincentes. Sem contar que é a primeira vez que a Globo deixa a caretice de lado. Impossível em outros tempos imaginar a cena em que Cazuza e Ney Matogrosso estão namorando ao ar livre, com direito a beijinho na boca e tudo. Enfim, um acerto e tanto, porque a TV aberta está bem entediante, vocês não acham?
O post de hoje está bem saudosista e vocês já vão entender por que. Assisti ontem ao programa Cazuza – Por Toda a Minha Vida e confesso que ainda estou muito emocionado. Já tinha assistido e gostado do filme da Sandra Werneck e Walter Carvalho e tive novamente a mesma reação. Discordo que o programa veio para tapar alguns “buracos” deixados pela cinebiografia. São enfoques diferentes. Por mais que o roteiro do filme seja baseado em fatos reais, sem a ficção não teria muita graça, porque é ela quem vai “costurando” tudo, como se diz no jargão dos roteiristas. E todos desse gênero são feitos da mesma maneira, não adianta fazer beicinho. O programa da TV pode ter soado mais “quente”, porque é um docudrama, entremeado por depoimentos de pessoas que conviveram com o cantor, por isso se tem a ilusão de ser mais crível, mas ambas as interpretações e reconstrução de época são impecáveis, bastante convincentes. Sem contar que é a primeira vez que a Globo deixa a caretice de lado. Impossível em outros tempos imaginar a cena em que Cazuza e Ney Matogrosso estão namorando ao ar livre, com direito a beijinho na boca e tudo. Enfim, um acerto e tanto, porque a TV aberta está bem entediante, vocês não acham?
Claro, o componente trágico da vida do Cazuza prende a nossa atenção também. Um cantor que nasceu numa família de classe-média alta, que era uma tormenta de criatividade, um poeta fabuloso, mas, como muitos artistas da época, por alguma razão não se cuidou e foi ceifado pela AIDS. Também não dá para ser indiferente à relação dele com a mãe, Lucinha Araújo. Muitas vezes me reconheço nele, naquele gênio intempestivo, dizem que os arianos são assim. A minha mãe tem teses maravilhosas a respeito rs. O meu irmão mais velho, que sempre foi uma influência musical muito grande pra mim, tinha um LP do Cazuza, se não me engano um duplo, e ouvia sempre. Então com os meus dez ou onze anos eu ficava na sala ouvindo aquele som vibrante, aquele rock gostoso, umas músicas lentas aqui e ali. Era um outro tempo. Não se trata de ser melhor ou pior, era apenas uma outra atmosfera, diferente, as pessoas se freqüentavam mais, talvez fossem até mais felizes.
"Jamais a arte e a poesia vão brotar do interior de pessoas fracas"
E há dez anos perdíamos um dos dramaturgos mais sensíveis à realidade brasileira: Plínio Marcos. Plínio nasceu em Santos e a cidade tem um carinho enorme por ele, por isso está acontecendo na Cadeia Velha, ao lado do Terminal Valongo, uma exposição sobre a sua vida. A convite do querido Toninho Dantas, também faço parte dessa mostra. Adorei a experiência de voltar a ter contato com a obra do Plínio. Tenho uma edição rara de “Querô”, autografada, edição do próprio autor. É bem interessante, o livro não tem prefácio, orelha assinada, nada disso, é seco, áspero. Toda a obra dele é assim. O quadro que fiz chama-se “Brutal” (foto) e a minha intenção foi transmitir essa ideia de indignação, no olhar dele. Acho que consegui. Deve sair por esses dias também uma resenha minha sobre o livro “Histórias das Quebradas do Mundaréu”, no site Aplauso Brasil, do Portal IG. O nosso cinema se especializou em mostrar as nossas mazelas, as nossas chagas sociais mais incrementes, mas quem primeiro fez isso foi o Plínio, aliás, quem melhor as retratou.
Porque eu sou pau pra toda obra
E o meu sumiço nos últimos dias tem a ver com a reforma do meu ateliê, da minha “Caverna Criativa”, como costumo chamar. Tive que colocar literalmente a mão na massa. Sabe aquela história de que não basta querer tem que participar? Pois é. A minha peça infantil “Na Ilha” deve se apresentar no dia 29/11 no SESC-Birigui também. Enfim, o tempo não pára! Hoje é feriado, o sol está radiante, mas eu não estarei na praia. Então, aproveitem por mim. Abração!
4 comentários:
E ai rapaz.
Assisti ao filme e ao programa Por toda a minha vida. Foi legal mesmo.
Ah, super engraçado você parecendo um pedreiro, rss.
Olha o filme será logo no final do mês, vc não vem mesmo?? =/
abraço
bom feriado
(Pedreiro? epa, nada disso...rs...esse povo que não 'convive' e sabe do seu cotidiano, tsc tsc...)
Bom, quanto ao post:
Sinceramente, achei um bom trabalho. Contudo, esperava mais deste especial - assim como esperava mais efervescência no filme, apesar das atuações cicatrizantes, incluindo um Daniel Oliveira inspirado.
Vários amigos meus e pelo que andei lendo nos blogs alheios, o programa não teve uma aceitação não. Muita gente achou bobo, até 'básico' e superficial. Engraçado, ouvi dois amigos comentar: 'o especial foi mascarado e careta demais, meio fake, sabe' - palavras dele...mas, que bom que te tocou, de alguma maneira, até porque Cazuza jamais se apaga em nossos corações.
Um abraço, sumido!
Fabiano
Perdi o program, chego a conclusão que estou trabalhando demais mesmo. Gostaria muito de ter visto, Cazuza é fantástico, muitos jovens se identificaram ou se idntificam com ele pelo poder criativo e por sua força, sua maneira de ser sempre firme e real.
Excelente compositor, cantor, interprete e etc.
Já vi que o atelier vai ficar de primeira, com ajuda do artista.
Abs
Littleee \o/
Como vc tá!? Espero que beem! =D
Hoje vou começar de baixo pra cima ;D
Tua foto me lembrou 'OMO' =D, pq se sujar faz bem \o/ (e sem camisa, estaria super sensual..ops =x haha)
Fico feliz pela sua peça =D bem q ela poderia pintar no SESC daqui de São Carlos, né? Adoraria assistí-la! ^^
Hmmm, explicado seu sumiço...deve estar lindona sua caverna =D *fotos, please! ;D
Que chique vc, hein!? "resenhando" por aí ^^
"Jamais a arte e a poesia vão brotar do interior de pessoas fracas" - que bom que és forte =D
Cazuza..um marco da música brasileira! E como todos, deixou sim bons e maus exemplos. Não fiz parte dessa geração, então, ainda bem que a música não morre, né!? pq assim pude conhecer um pouco =D
*Não assisti o programa na quinta sobre ele (mas qro ver o do Claudinho e Buchecha =x ah, eu qro ué xP rs), mas assisti ao filme.
Confesso que senti todos os sentimentos possíveis, até raiva dele =x. Mas, foi um bom filme, e o Daniel de Oliveira mandou bem na interpretação. É uma vida, uma história a se pensar...o que realmente vale a pena. =]
Beijooos
AMO vc!
Postar um comentário