Ainda falta um tempinho para o Natal, mas a distribuição de presentes já começou por aqui. É que o post de hoje é pra lá de especial. Conheci um dos artistas brasileiros mais interessantes e versáteis. O prólogo já diz tudo, né? Claro, estou falando de Paulo Von Poser, esse pintor paulistano de rara sensibilidade, extraordinário, mais conhecido como “o pintor das rosas”.
Quem acompanha o meu blog deve ter visto o post “A Cidade e as Rosas”, em junho. Uma das fotos foi dedicada a ele e postada, no meu Orkut, o que chamou atenção do meu amigo Felipe que me contou que o Paulo tinha sido o seu professor de desenho, na faculdade de Arquitetura. Fucei na Internet o contato dele e, numa “timidez ousada”, enviei as fotos das rosas que tinha feito. Ele não só respondeu o e-mail como também me disse que tinha gostado bastante das imagens. Daí até “O Mar, As Rosas e Paulo Von Poser” foram algumas mensagens, a última de negociação. Ele topou se deixar fotografar por mim, mas não sem antes saber que as fotos seriam num clima bem natural e explorariam ângulos mais poéticos. Fechamos com uma imagem dele de costas, numa praia quase deserta.
Quem acompanha o meu blog deve ter visto o post “A Cidade e as Rosas”, em junho. Uma das fotos foi dedicada a ele e postada, no meu Orkut, o que chamou atenção do meu amigo Felipe que me contou que o Paulo tinha sido o seu professor de desenho, na faculdade de Arquitetura. Fucei na Internet o contato dele e, numa “timidez ousada”, enviei as fotos das rosas que tinha feito. Ele não só respondeu o e-mail como também me disse que tinha gostado bastante das imagens. Daí até “O Mar, As Rosas e Paulo Von Poser” foram algumas mensagens, a última de negociação. Ele topou se deixar fotografar por mim, mas não sem antes saber que as fotos seriam num clima bem natural e explorariam ângulos mais poéticos. Fechamos com uma imagem dele de costas, numa praia quase deserta.
Chegamos à praia do Tombo, no finalzinho da tarde, com a luz ainda amigável, mas havia o medo de chover a qualquer momento. Nem precisei indicar o lugar, ele mesmo escolheu e depois pegou o romance “Edoardo, o Ele de Nós”, de Flávio Viegas Amoreira, sentou, folheou algumas páginas e logo começou a desenhar no próprio livro a paisagem que via em torno. A neblina que cobria o Forte dos Andradas, à nossa esquerda, foi uma das coisas que lhe chamou atenção.
Sem que percebesse, finquei na areia algumas rosas vermelhas artificiais, pois não encontrei uma floricultura nas redondezas, o que depois acharia bastante providencial, já que com aquela luz elas jamais ganhariam o destaque que mereceram. Assim que as descobriu, Paulo se desfez em sorriso. Nesse momento, eu que estava, visivelmente tenso, fui relaxando e investigando mais a sua carreira. Já tinha assistido à exposição “Você está aqui!?” em Sampa e gostado muito. Sem contar outros de seus trabalhos (foto) que via freqüentemente em revistas de decoração e de celebridades. Entre uma resposta e outra, intervalos de longo silêncio, verdadeira tortura pra mim, pois, nessas situações, costumo ficar inseguro ou então falar pelos cotovelos.
Como se a noite chegasse, resolvemos tomar um café, nas Pitangueiras, duas praias depois de onde estávamos. Fomos caminhando, descobrindo paisagens, vestígios de arte pelo caminho e conversando sobre vários assuntos. No Café, me lembrei de “Durante Aquele Estranho Chá”, livro da Lygia Fagundes Telles que narra, entre outras coisas, o encontro dela com Mario de Andrade, no centro de São Paulo. Não poderia haver associação melhor. Falamos de rosas, sempre elas, de arte, mostrei algumas fotos dos meus quadros, ele sempre solícito e gentil.
Antes de sair de casa, tive a idéia de pegar um caderninho e escrever algumas perguntas, para que ele as respondesse à mão, uma forma de ter comigo também a sua caligrafia. Dei o nome de “BLOQUINHO DE ROSAS”, por ter colado várias imagens de rosas que encontrei pela frente. Ele as respondeu, sem medir esforço ou fazer cara feia, enquanto lanchava. Tudo perfeito, mas a despedida chegou de repente. E fui para casa feliz, sorrindo, com a certeza de ter cativado mais um amigo. O mestre de todas as rosas.
Antes de sair de casa, tive a idéia de pegar um caderninho e escrever algumas perguntas, para que ele as respondesse à mão, uma forma de ter comigo também a sua caligrafia. Dei o nome de “BLOQUINHO DE ROSAS”, por ter colado várias imagens de rosas que encontrei pela frente. Ele as respondeu, sem medir esforço ou fazer cara feia, enquanto lanchava. Tudo perfeito, mas a despedida chegou de repente. E fui para casa feliz, sorrindo, com a certeza de ter cativado mais um amigo. O mestre de todas as rosas.
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