quinta-feira, 11 de agosto de 2011

AQUI DE AMSTERDAM...

Um dos lugares mais incriveis da cidade, onde estao os melhores museus





Ah, as bicicletas!

Queria evitar um post com cara de guia de viagem, mas isso vai ser impossível, pessoal. Uma semana em Amsterdam/Holanda e estou adorando a cidade. Sempre quis conhecer outros países, mas não imaginava que viria parar por aqui agora. A viagem foi um presente pra lá de especial do meu irmão do meio e eu que não sou bobo nem nada aceitei imediatamente. Adorei a aventura de sair do Brasil sozinho e vir até a Europa mochilando. Bem, deixarei para falar da vida cultural daqui depois e vou tentar ser bem mais objetivo nessas primeiras impressões. A viagem seguiu tranquila, tirando aqueles incômodos de praxe, 14 horas de viagem e a tensão de ser rejeitado na Comunidade Européia. Todos os documentos em mãos e fui liberado tranquilamente. Apenas um incidente. Como havia esquecido umas moedas de real no meu bolso, o detector de metais apitou e em segundos passei a ser considerado o inimigo público número um da Alemanha rs, durante a minha escala em Frankfurt. Quase me pediram pra ficar pelado rs. Pouco mais de uma hora e já estava em Amsterdam. Meu irmão foi me buscar no aeroporto e revê-lo foi simplesmente emocionante. No caminho para o hotel, tudo que os meus olhos alcançavam me chamava atenção. A limpeza das ruas foi a primeira delas, antes mesmo da dificílima língua holandesa. De cara adorei o transporte publico, o metro e os ônibus são bem mais confortáveis que os nossos. A cidade é cortada por inúmeros canais, o que confere a Amsterdam um charme todo especial. O meu primeiro passeio foi então um tour de barco, logo depois que deixei minhas bagagens no charmoso Rembrandt Classic, um hotel 3 estrelas muito simpático, que fica no centro da cidade, de frente para um dos canais, onde as pessoas se reúnem a tarde para tomar um drink. O passeio foi num barco particular, mas qualquer pessoa pode fazer o mesmo desembolsando no mínimo 10 euros. Foi só ai que realmente caiu a ficha, a cidade é realmente linda, não é exagero. Como a semana anterior tinha chovido bastante, o sol estava se debruçando sobre ela, naquele dia, algumas pessoas até me disseram: “Você trouxe o sol do Brasil para nós”. Muito gentis.

No dia seguinte, já choveu um pouco. O tempo aqui é bem instável, no verão tem uma brisa gostosa no final da tarde, faz um friozinho a noite e pela manha o sol é parecido com o do nosso outono. Mas neste exato momento chove sem parar. Bom, me agasalhei e fiz um passeio delicioso de bicicleta, num final de tarde, com o meu irmão. Aqui as bicicletas tem prioridade, elas são o meio de transporte mais barato, fácil e rápido, mas antes de se aventurar é preciso fazer um reconhecimento mínimo dos itinerários, observar as placas de trânsito, até se entender com o cadeado é importante, alguns são bem diferentes. Ah!, e se esquecer a chave no cadeado, por exemplo, já era, eles roubam e vendem no mercado negro.

A arquitetura como se pode notar é bem bonita, charmosa, basicamente composta por prédios de poucos andares, bem estreitos, mas com espaços bem distribuídos. Aliás, praticidade é o que não falta por aqui. Em todos os sentidos. Se você estiver num bar, num coffeshop ou numa balada, por exemplo, e outra pessoa olhar pra você e quiser apenas uma noite de sexo, ela simplesmente vai se aproximar e dizer: Hey, guy/girl. I'm horny, do you want to fuck me? É assim mesmo, sem enrolação. Eu fiquei um pouco assustado, mas tenho um amigo que adora essa praticidade. Vale lembrar que latinos de modo geral são bem recebidos aqui, brasileiro então..., mas já percebi que existe uma certa resistência aos asiáticos. Tentei descobrir o motivo e ainda não me convenci da resposta, me disseram que eles são muito `grudentos` e tem atributos físicos pouco apreciáveis. Preconceito, claro.

Quando souberam que eu estava aqui, muitas pessoas se surpreenderam, talvez porque ainda existe aquele lugar-comum de que quem quer pirar de vez vai para Amsterdam. Não é bem assim. A cidade de fato é bem peculiar, tem lá seus junkies, a prostituição é respeitada, muitas drogas são legalizadas, mas isso é apenas uma parte do que compõe o jeito espirituoso do lugar. Aliás, com tendência a diminuir, por conta do partido conservador que esta no poder. Mesmo com tudo isso, até agora eu não presenciei sequer uma briga, nem ao menos uma simples confusão. Amsterdam me pareceu uma daquelas cidades cujo melhor cartão de visitas é o seu lifestyle, nem sei se a palavra correta é essa, falo de um certo desprendimento que as pessoas tem aqui, aquela atmosfera mais livre, sempre abertos a novidades, a aceitar o diferente. Bom, pra terminar essas impressões iniciais não poderia deixar de citar o Vondelpark que é lindo, com seu caminho das rosas e os seus salgueiros que parecem ter saído de uma pintura de Monet. Acho um passeio obrigatório, assim como o Van Gogh Museum, mas sobre ele eu posto numa outra oportunidade. E para quem estava cheio de curiosidade como eu, vale a pena ir tambem ao pitoresco Red Light District, mas nada de fotografar as prostitutas nas cabines. Então é isso, pessoal. Vou ficando por aqui cheio de saudades. Espero que vocês curtam as imagens, vou tentar registrar o máximo possível da viagem. Abração!

1 comentários:

Átila Goyaz disse...

Bem descritivo! Adorei!