Alguém quer ser meu amigo?
Quando comecei este blog, fui bem claro ao afirmar que não queria que ele me escravizasse e que, embora gostasse muito de escrever, não me sentiria obrigado a fazê-lo sempre. Mas a brincadeira de “tirar” a roupa, no último post, para subir a audiência dele, foi interpretada muito ao pé da letra por algumas pessoas. Cadê o espírito esportivo dessas pessoas?
E comigo não tem essa de hiato criativo, não. Já comecei a preparar a primeira mostra dos meus quadros. Divulgo a data e o local posteriormente, mas já reservem espaço na agenda para julho. Conto com vocês.
E, enquanto a minha exposição não fica pronta, vou visitando a dos concorrentes. Uma que vi e achei bem “bonitinha” foi “Diálogos com Drummond”, na Pinacoteca Benedito Calixto, em Santos. Vivo reclamando que na Baixada não tem atrações culturais interessantes, mas dessa vez me surpreendi. Apesar de pequena e de alguns trabalhos de qualidade duvidosa, a maioria me agradou. Fãs de Drummond como eu reconheciam facilmente a ligação entre as obras visuais e os poemas que as inspiraram. A de que mais gostei foi uma escultura em resina chamada “Companheiros”, de Vivian Marin, inspirada no poema “Mãos Dadas”. Adoro a força da simplicidade desse poema, desde que o li pela primeira vez na faculdade. “O presente é tão grande, não nos afastemos. / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”. Lindo! Lindo! Lindo!
Assisti também à peça “Avenida Dropsie”, da Sutil Companhia de Teatro, no Teatro do Sesi, em São Paulo. Baseada na obra do escritor de quadrinhos Will Eisner, “Avenida Dropsie” tem um excelente texto, bem enxuto e dinâmico, interpretações preciosas (cada uma melhor que a outra), o cenário mais lindo que já vi da Daniela Thomas e uma trilha sonora urbana e vibrante. Enfim, um casamento perfeito entre linguagem cênica e cinematográfica. Aliás, um caminho que deveria ser seguido pelos nossos dramaturgos. Agora a notícia triste. Infelizmente, já saiu de cartaz.
Termino, então, com um poeminha sacana que fiz especialmente para um leitor e provocador deste blog.
Canibalismo pra sobrevivência
A F.V.A.
É preciso ser diferente
Não anormal propriamente,
Mas canibal pra sobrevivência.
Engula o Tropicalismo
Lembre-se de que a sua pátria é o seu povo
Mastigue os neologismos de Guimarães Rosa
Se não entendeu, lhe explico de novo.
Coma a Psicanálise, devote Freud
Leia Proust
Banqueteie os franceses
É cult.
Saboreie livros
Cultue o Modernismo,
Mas não seja um vegetariano de cadernos culturais.
__________
E comigo não tem essa de hiato criativo, não. Já comecei a preparar a primeira mostra dos meus quadros. Divulgo a data e o local posteriormente, mas já reservem espaço na agenda para julho. Conto com vocês.
E, enquanto a minha exposição não fica pronta, vou visitando a dos concorrentes. Uma que vi e achei bem “bonitinha” foi “Diálogos com Drummond”, na Pinacoteca Benedito Calixto, em Santos. Vivo reclamando que na Baixada não tem atrações culturais interessantes, mas dessa vez me surpreendi. Apesar de pequena e de alguns trabalhos de qualidade duvidosa, a maioria me agradou. Fãs de Drummond como eu reconheciam facilmente a ligação entre as obras visuais e os poemas que as inspiraram. A de que mais gostei foi uma escultura em resina chamada “Companheiros”, de Vivian Marin, inspirada no poema “Mãos Dadas”. Adoro a força da simplicidade desse poema, desde que o li pela primeira vez na faculdade. “O presente é tão grande, não nos afastemos. / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”. Lindo! Lindo! Lindo!
Assisti também à peça “Avenida Dropsie”, da Sutil Companhia de Teatro, no Teatro do Sesi, em São Paulo. Baseada na obra do escritor de quadrinhos Will Eisner, “Avenida Dropsie” tem um excelente texto, bem enxuto e dinâmico, interpretações preciosas (cada uma melhor que a outra), o cenário mais lindo que já vi da Daniela Thomas e uma trilha sonora urbana e vibrante. Enfim, um casamento perfeito entre linguagem cênica e cinematográfica. Aliás, um caminho que deveria ser seguido pelos nossos dramaturgos. Agora a notícia triste. Infelizmente, já saiu de cartaz.
Termino, então, com um poeminha sacana que fiz especialmente para um leitor e provocador deste blog.
Canibalismo pra sobrevivência
A F.V.A.
É preciso ser diferente
Não anormal propriamente,
Mas canibal pra sobrevivência.
Engula o Tropicalismo
Lembre-se de que a sua pátria é o seu povo
Mastigue os neologismos de Guimarães Rosa
Se não entendeu, lhe explico de novo.
Coma a Psicanálise, devote Freud
Leia Proust
Banqueteie os franceses
É cult.
Saboreie livros
Cultue o Modernismo,
Mas não seja um vegetariano de cadernos culturais.
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E a vida segue poética. Abraços, beijos...
2 comentários:
Artes é muito bom... Amo pakas... tb quero montar uma expo... Acho doideira é gratificante pakas.... Vc estuda artes?
me add ae
fica mais fácil
trocar figurinhas
furanzao@hotmail.com
[]1s
Muito bom o poema!!
Se stivber em sampa a expo, passo por lá.
Abraços
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