A aula de ontem foi fantástica, o tema não poderia ser melhor, “Poéticas da desestetização: o uso como significado”. Tudo bem, houve um momento em que estava quase enlouquecendo com aquela “não-música” de John Cade, o que chamou atenção até do crítico Rafael Vogt, mas depois ele mesmo terminou concordando que, exceto em raros momentos, aquela colagem de sons e ruídos provoca reações pouco animadoras. E dá-lhe nomes de artistas já sonoros e outros, até então, inaudíveis pra mim: Andy Warhol, Robert Rauschenberg, Morris Graves, Robert Morris e por aí vai. Chegando à Estação da Luz, por volta das 18:00 H, fiz uma foto incrível a qual intitulei “O Pianista”. A imagem, como vocês podem perceber, vem complementar a minha busca por revelar espaços quase vazios e recontextualizá-los. Esse excesso de informação a que estamos expostos, ora me irrita, ora me atiça os olhos. O problema é que quero ver tudo, absorver o máximo dos detalhes. Uma hora o cérebro pede descanso, né? Não quero com isso também entrar na polêmica “A Bienal do Vazio”, como os críticos vêm alfinetando a 28ª Bienal de São Paulo, mas acho legítimo o discurso dos curadores. Num momento em que obras questionáveis de Jeff Koons e Damien Hirst alcançam cifras estratosféricas, no mercado secundário (leilões), faz parte parar e pensar: “O que faz de alguma coisa arte, quando ela não corresponde ao nosso olhar?”. Simplesmente a intenção do artista? Os autores das melhores respostas vão ganhar um... Não, não vão ganhar nada rs.
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