Estive ontem, em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, numa passagem relâmpago e GÉLIDA pela 29ª Casa de Criadores, um evento de moda já tradicional na cidade, cuja missão é descobrir novos talentos pra moda brasileira. Assim que soube que eles estavam promovendo um concurso chamado Homofobia Fora de Moda, a minha amiga e leitora deste humilde blog, Angélica Oliveira, sugeriu que eu participasse. Estava cheio de trabalho por conta do curta-metragem novo, mas, mesmo assim, criei o conceito da minha estampa numa madrugada de sábado para domingo e enviei. O concurso buscava uma imagem ou estampa que fosse símbolo de uma campanha contra a homofobia. Segundo o site do evento, foram 122 inscritos e 30 selecionados para a final. Fiquei entre os 30, mas até o momento não sei quem ganhou, provavelmente não levei porque a minha imagem era uma das mais discretas, mas, mesmo assim, foi bacana ver que algumas pessoas paravam e apontavam a camiseta curtindo a minha ideia, que foi toda inspirada na teoria da evolução das espécies de Darwin. Eles pediram também um texto explicativo sobre a minha inspiração, o qual reproduzo abaixo. Seja lá quem tenha ficado com as primeiras colocações, fica aqui os meus sinceros parabéns. Principalmente as secretarias de cultura do Estado e da cidade São Paulo e ao André Hidalgo da CdC por essa iniciativa bacana.
“Trata-se de uma clara alusão àquela imagem da evolução natural das espécies, de Darwin. Quis mostrar que o gay já nasce gay e vai ser sempre assim e que isso é natural. Se o Homem evoluiu como espécie, precisa também evoluir a sua forma de pensar, de agir, acompanhar as mudanças do seu tempo. Simplificando: a imagem tanto pode ter uma mensagem de autoestima ao dizer aos gays que não se aceitam, “se deixem ser”, como também fazer um protesto, uma provocação saudável aos homofóbicos de plantão, “evoluam o seu pensamento”. Tudo isso de forma leve, com um certo humor e uma pegada pop. Vale lembrar que tanto gays quanto a famosa teoria de Darwin sofrem até hoje resistência de algumas religiões”.
Não é demais dizer que ninguém é obrigado também a concordar comigo. Cada um, cada um. Bem, terminado este pequeno merchan, não posso esquecer de desejar a todos um feliz dia dos namorados, amanhã. E, pra quem ainda está solteiro como eu, a dica é a mesma de sempre, aquela que está no encarte do CD “O Chamado”, da Marina: “acreditar e amar até o fim”. Vou ficando por aqui porque este final de semana vai ser cheio de trabalho. Abração!