segunda-feira, 9 de abril de 2007

PRIMEIRA PESSOA

Tentei fugir ao máximo do lugar-comum primeiro-post-falar-de-si-mesmo, mas, pensando bem, é a melhor forma de vocês entenderem o meu MUNDO IMAGINÁRIO. Espécie de *Pasárgada virtual que, a partir de agora, divido com vocês.

Fui inaugurado pra vida, no dia 25 de março de 1980. Nasci sob o signo de Áries. **Consegui, hoje, estar em paz com a minha guerra, mas ainda não venci o obstáculo da perfeição. Aceito os protestos, mas ouso declarar. O que dizem os astros só enfeitam a vida. A minha cor favorita é o vermelho.

Nasci para amar e escrever. As minhas duas salvações. Não aprendi direito nem uma coisa nem outra. Amo o que posso e escrevo pra me libertar de ser apenas eu. Atualmente, os meus personagens querem existir. São muitos. E não tenho pressa. Tenho fome é de aprender. E leio sempre. Leio tudo que vocês possam imaginar. Tenho também um caso de amor com a Língua Portuguesa. Digo caso porque vivo flertando, sem sucesso, com outros idiomas. Sou formado em Letras e dei aulas, durante dois anos incansáveis. Experiência que devo voltar a repetir, um dia. Claro, se a minha vida for longe. Ou nem tanto. Já escrevi também, por um bom tempo, resenhas literárias, num portal bacana da internet brasileira.

Domino muito bem o universo das letras, mas me recuso a fazer uma coisa só. E detesto rótulos. Escrever apenas romance, ou contos, ou poesia, ou crítica literária, ou peças de teatro, ou longas, ou curtas, ou novelas, ou séries, etc. Ficaria muito limitado, se escolhesse apenas um caminho. Optei, então, por fazer um pouco de tudo. De escrever um pouco de tudo. De misturar prosa e poesia. De mesclar linguagens. De experimentar o moderno com o barroco. Exemplo. Estou revisando um romance que comecei, em 2001, onde predomina a linguagem cinematográfica. O resultado está sendo fantástico! Marceneiro. Arquiteto. Pintor de telas e de paredes. Cozinheiro. Diretor de teatro. Compositor. Publicitário. Assistente em agência de modelos... Fui e posso ser várias coisas. Graças a Deus.

Por que um blog? Porque acho bacana ter um espaço para debater criação, além de expor minhas opiniões e memórias, sem, necessariamente, estarem ligadas a imagens minhas. Continuo sendo apaixonado por fotografia. Vou manter o fotolog /fauguaruja, mas não devo postar nele com freqüência. Espero que este espaço me cative e não me escravize. E que escrever, aqui, seja mais prazeroso do que constante. Críticas e sugestões são sempre bem-vindas! É isso aí, pessoal!

*Alusão ao poema “Vou-me embora pra Pásargada”, de Manuel Bandeira. Para o poeta pernambucano, Pasárgada é um lugar mítico, símbolo das aspirações que se realizam.
**Referência explícita a uma frase da escritora Lygia Fagundes Telles, em “A disciplina do amor”.