quarta-feira, 6 de junho de 2007

IMPRESSÕES AVULSAS

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Li meu primeiro livro da Fernanda Young. Comecei por “As Pessoas dos Livros”. É bem interessante. Duas coisas me chamaram atenção. A linguagem que é bem moderna. Precisamos. E o caos psicológico, peculiar a seus personagens, que é abordado com muita leveza e com um humor mais... Eu ia completar com “inteligente”, mas lembrei que toda forma de humor é inteligente. Ou alguém já ouviu falar em humor burro? O programa dela “Irritando Fernanda Young”, no GNT, eu também acho uma grande sacada.

MSF
Devo fazer parte, mais uma vez, do MSF (Movimento dos Sem FLIP). É. Sem grana fica impossível ir a Paraty para participar da feira literária. De qualquer forma, vou acompanhar pela TV Cultura que promete fazer uma grande cobertura do evento. Simplesmente só vou perder a chance de conhecer o escritor e roteirista mexicano Guillermo Arriaga. Só isso. :-(

Ecologicamente-Up-To-Date
E virou moda falar de aquecimento global, sustentabilidade, salvar a Amazônia, os índios, os ursos polares, o Tietê, etc, etc, etc. Até a folha de pagamento do meu aluguel veio em papel reciclado. Muito civilizado! A SPFW vai falar da importância da água. Que chique, não? O documentário do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, ganhou até dois Oscar. Alguém assistiu? Parece até que vai rolar, em alguns lugares do globo, o Brasil entre eles, um daqueles famosos shows-comoventes, onde todos estão ali pensando em tudo, menos em “salvar o planeta”. Quando muito, têm aqueles cinco minutos de consciência ecologicamente correta. Depois passa. J-Lo no palco. Incrível. O cara sem pregar os olhos. A namorada cutucando: “Carlos Henrique, estou falando com você!”. E ele em seu discurso pra lá de ecológico: “Também acho foda esse lance de jogar bituca de cigarro, na rua. Demora séculos pra se decompor. Que oxigênio ela tem, você não acha?”. Não sou contra as iniciativas em favor da preservação do meio ambiente. Pelo contrário. Só acho que não deve ser um modismo. Uma imitação da Gisele Bündchen. O Sting já teve seus dias de super-herói dos índios do Xingu e, no entanto? O Michael Jackson, então, nem se fala. Reciclagem deveria ser obrigatória. As prefeituras deveriam estar preparadas pra isso. As escolas deveriam se empenhar mais no ensino de cidadania e ecologia. Vocês não têm idéia da quantidade de lixo que se tira de uma sala de aula. Pra ir à esquina tem que tirar o carro da garagem? E, assim, vamos. Pessimismos à parte, se não houver mudanças concretas da parte do governo e da sociedade, o ecologicamente-up-to-date vai dar lugar ao ecologicamente necessário. E não deve demorar muito.
Preto e Branco
Ainda no campo das artes visuais. Vale a pena conferir a exposição “Eu olhei tanto”, do fotógrafo Carlos Moreira, na CAIXA Cultural São Paulo, também na Av. Paulista, 2.083, até 01 de julho. As imagens de Santos e Guarujá são incríveis. Todas em P&B. Luz espetacular. Saí do local encantado. Claro que há um certo bairrismo da minha parte. Alguma coisa contra?

Abelhudagem
Manhã de sábado. Av. Paulista. Anúncio da exposição “Vibrações” de Romero Britto. Ignoro a data de abertura. Desço um pequeno lance de escadas e já me encontro, no local da exposição. Detalhe. Ainda estão pendurando os quadros, alguns ainda em caixas, testando os suportes de luz, etc. Saco (o verbo é bem este) a minha câmera e começo a fotografar. Só me avisam que é proibido, minutos depois. Tarde demais. Saio com algumas imagens “inéditas”. Uma semana depois, volto lá. Trata-se de uma pequena mostra, mas muito bacana. Há quem torça o nariz para a arte do cara. Eu gosto, sem muito entusiasmo, mas gosto. Av. Paulista, 1.111, no Espaço Cultural Citi. Até 22 de junho.

Samba do Crioulo Doido
De um vendedor de água, no Centro de São Paulo: “Depois de matar a jibóia, jararaca deita e rola”. Isso é que é sabedoria popular!

Humor Cáustico
De um simpático atendente de lanchonete, no Centro de São Paulo: “Seus sanduíches vão chegar daqui a pouco, com todo o respeito”. Resposta: “Trocaria o ‘com todo respeito’ por ‘com toda higiene’”. Claro que ele não me ouviu.

Humor Negro de Mãe
De um vendedor-pedante pra minha mãe (também no centro de São Paulo): “Tá precisando de um atendimento especial?”. “Não. Estou precisando de preços especiais”. Que orgulho!